Sem Páthos, No Logos
Aos poucos eu começo a entender o que rege a minha escrita.
Aos poucos eu começo a descobrir o que um poeta é.
As palavras se nutrem do nosso páthos.
Sem páthos, não há logos
Hoje houve páthos em mim.
E aqui estão vocês de novo.
Vieram calmamente, no relento das notas de jazz.
Vieram matar as saudades das formas negras em terreno de cal.
Vocês são sempre bem-vinda, disso eu sempre soube.
E vem em nome de quê em mim?
Vem em nome de descobertas, sempre não?
Redescobertas de que minhas palavras não são minhas
São coisas que são usadas por mim, pelos outros
Eu me pergunto o que me ata à vocês?
O que de mim vocês levam?
Existe mim em vocês?
Desconfio que não.
Vocês são palavras
Eu não sou.
Não sou eu.
E talvez nem soe como se fosse.
Vocês gostam de brincar, não é?
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