Semquenempraque

Sunday, May 18, 2008

Letras para armar

Suo palavras para dizer que
Sou não me basta mais, prefiro
Uso. Assim, ouso sendo sem
Ous no meu caminho. Meu
Osu já me serve para andar com minhas próprias veias.

Tuesday, December 18, 2007

Faz e diz

Foi quando mim perguntou como funciona

Que eu desistiu de ser

Faz e diz que é melhor...

Sem Páthos, No Logos

Aos poucos eu começo a entender o que rege a minha escrita.

Aos poucos eu começo a descobrir o que um poeta é.

As palavras se nutrem do nosso páthos.

Sem páthos, não há logos

Hoje houve páthos em mim.

E aqui estão vocês de novo.

Vieram calmamente, no relento das notas de jazz.

Vieram matar as saudades das formas negras em terreno de cal.

Vocês são sempre bem-vinda, disso eu sempre soube.

E vem em nome de quê em mim?

Vem em nome de descobertas, sempre não?

Redescobertas de que minhas palavras não são minhas

São coisas que são usadas por mim, pelos outros

Eu me pergunto o que me ata à vocês?

O que de mim vocês levam?

Existe mim em vocês?

Desconfio que não.

Vocês são palavras

Eu não sou.

Não sou eu.

E talvez nem soe como se fosse.

Vocês gostam de brincar, não é?

Friday, July 27, 2007

Nesse mundo

Nesse mundo onde a beleza ofusca os olhos de quem vê
Ficar cego de vez em quando pode até fazer bem
Nesse mundo onde nossos caminhos se contorcem
Ás vezes pode ser bom ficar um pouco quieto
Nesse mundo de rapidez
Ficar parado nem sempre é uma solução
Pode ser coisa mesmo do coração

Sunday, July 22, 2007

Sobre palavras e mágica

Você não acha que às vezes as palavras são traiçoeiras?
Eu que gosto tanto delas, às vezes também tenho alergia.
Às vezes, parece que quanto mais falamos, mais nos embaralhamos.
Como se o que pensamos que somos se perdesse em meio ao labirinto de letras, pontos e vírgulas.
E se o que pensamos que somos se perde, imagine o que em nós a gente nem se pensa?
Para onde é que vai esse vestígio de nós que nos escapa ao pensamento?
Será que ele escapa ao sentimento?
Não sei, porque também penso que tal como as palavras, os sentimentos gostam de fazer de nós um jogo de baralho.
Nunca se sabe qual é a carta que pode aparecer se estamos em meio à uma mágica...

Friday, June 29, 2007

O tigre e a neve

Filme de amor.
Belo filme de amor, de fantasia e de distância.
Um poeta tentando ganhar novamente a sua mulher.
Um poeta que vai ao Iraque para fazer viver aquela mulher.
Ela se acidenta na guerra, ele vai da Itália ao Iraque para encontrá-la.
Tem que ter um pouco clichê, se não não é filme de amor.
Mas o que me chamou no filme foi a distância.
O amado desconhece as leis do tempo e do espaço.
É a forma mais simples de se testar a teoria da relatividade: ame.
Isso faz lembrar o velho ditado que se diz que o amor é cego.
Nada mais certo.
O amor é cego porque quem ama é capaz de ver coisas que ninguém mais vê.
Vê que é no beijo da poesia com a amor onde nos esquecemos que somos homens.
Ou melhor, é nesse momento em que os deuses mais nos invejam.

Thursday, June 28, 2007

Descobertas

Corrida
Suor no Sol
Madeleine Peyroux
Vesperando
Pedaços perdidos de coração
Nantanbesta
Ler
Esperar
Gotan Project
Fados
Caetano Veloso
Tango
Distância
Erótica do tempo
Mãos em um vento
Mãos em um corpo
Mãos
São Sua e São Seu
Conversa
Saudade
Saudade
Overjoy
Risadas novas
Palavras novas
Rusk-siberianos
Farol da Barra
Suor da Barra
Vento da Barra
Shopping Barra
Itália
Argentina
Goiás
Last tango em Paris
Semqueenmpraque
Orkut
Something

Wednesday, May 16, 2007

Carne e Osso

A alegria do pecado
Às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divino
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu

E eu gosto
De estar na terra
Cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano

Perfeição demais
Me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso
Pra não ser carne e osso


Moska e Duncan

HÓSPEDE DO TEMPO

ou hóspede do tempo
Da minha casa
Das minhas palavras
Das coisas que declaro minhas
Inquilino da vida que me foi dada
Portanto, nada
Ficou na minha bagagem
Do velho brinquedo
Que já não ilude, não me ilude

O que eu tenho é minha atitude
O que eu levo é minha atitude
O que pesa é minha atitude
Minha porção maior



Z. Duncan...

Bienvenida

A vida anda percorrendo as veias que se torcem em meu corpo
Sua fugidez dilata meus vasos e me faz transpirar
Eu ando transpirando de vida e isso às vezes dói... como uma tatuagem...
O que você quer imprimir em mim vida?
Qual o contorno que eu vou dar às suas tonalidades?
Pois eu quero que doa mesmo e que fique muito bonito.
Quero que você , Vida, emerga na minha pele e mostre para o mundo que você está em mim
Lágrimas cairão, suor vai escorrer e sorrisos vão brotar
E eu estarei aqui para recepcionar suas surpresas
Seja bem-vinda!